A Saga d’um Povo
Entre gritos e gemidos
Entre açoites e agonias
Em dias e noites, feridos
Sonhavam com a alforria.
Um povo bastante sofrido
Que do seio foi arrancado.
E se emitisse um gemido
Era sempre amordaçado.
Açoitados em pelourinhos
Perdiam a sua dignidade.
Esquecendo seus sonhos
Diante daquela crueldade.
Essa é a saga de um povo
Que dizem:- é de tempos idos
Mas, se existisse algo de novo
Porque nos sentiríamos cativos?
Hoje, nós perdemos a liberdade
Entes queridos, e a própria vida.
Pessoas perdem a sua dignidade
Quando é violentada, agredida.
Parece que retornamos à época
Época que se temiam os algozes.
De tal modo, o medo nos sufoca,
diante de circunstâncias atrozes.
Luzia Duarte