sexta-feira, 20 de março de 2009

Eu e a Esperança



Em meio às situações impostas pela vida
achei a melhor saída, jamais desanimar.
Se n’algum labirinto eu me sentir perdida,
logo, recorro a esperança para me auxiliar.

Se as situações impostas forem adversas,
reúno forças, eu luto com a adversidade.
Se ocorrer, nesse ínterim, uma controvérsia 
eu mantenho com a esperança, cumplicidade.

Se o desânimo me impuser sua presença
esquivo-me, mostramos à ele o seu lugar.
Nada, ninguém, vai me subtrair a esperança
ela vive comigo, sempre irá me acompanhar.

Se a esperança é a última que morre
nada melhor, que ela, para me escoltar.
Ela sempre está presente, me socorre,
se a ela eu clamo, devo então confiar.

A esperança é uma verdadeira aliada
Unidas, nós temos a capacidade de sonhar
Fabricando sonhos, eu já me sinto realizada
Sou-lhe sempre grata por nunca me abandonar.

Luzia Duarte

Eu e a Poesia




Transcrevo minhas emoções, mas não faço poesia
Não me considero poeta, porque não me consagro
Ainda que instigante e lindo, eu não me atreveria.

Mesmo tendo essa convicção, às vezes me entrego 
Preciso preencher a minha vida, o meu dia a dia
Esse mundo de devaneio é fascinante, não nego.

São somente rabiscos, d’algumas palavras, e não poesia

São desabafos da minha alma, para acalmar o meu ego.

Luzia Duarte

Eis a Questão



Se a poesia é uma arte, 
para o poeta, a poesia, é um ofício?
Se da vida do poeta ela já faz parte
abdicar dessa arte lhe seria difícil?

Um poeta sobreviveria sem a poesia?
Ele poderia viver sem os seus versos?
Ele abandonaria esse mundo de magia
para viver de que forma, no universo?

Se o poeta diz que a poesia é seu alento
Sem a poesia ele jamais iria sobreviver
Se desse jeito ele expõe os sentimentos
Que outro ânimo o inspiraria pra viver?

Essa é uma questão tola, até hipotética
porque a poesia por ser divina ela é imortal.
Não é simplesmente uma dúvida poética,
a poesia, para quem nela se inspira, é vital.

Luzia Duarte

Triste Madrugada



Faz silêncio, é madrugada
Estremeço, eu sinto frio
Permaneço acordada
olhando o nada, o vazio.

O tempo transcorre
Mas o dia não amanhece
Uma lágrima escorre,
é um apelo, faço uma prece.

Para atravessar o tempo,
improviso alguns versos.
Descrevendo meu lamento,
fico mais triste, eu confesso.

Abro a janela, não vejo nada
Olho a cama que está vazia
No silêncio da madrugada,
a saudade me faz companhia.

Tomara que o dia amanheça
que o sol assuma o seu posto
Que essa noite eu adormeça,
sem nenhuma lágrima no rosto.

Luzia Duarte